terça-feira, 10 de abril de 2012

O último post - RockStar Ghost


E Agora Adoniran foi durante meses uma válvula de escape onde falei sobre cultura, memórias, música e São Paulo. Foi o ponto de partida de uma trajetória que hoje exige novas atitudes. Agradeço muito aos mais de 10 mil leitores e deixo o blog solto, vagando pela rede como uma mensagem na garrafa.

Neste último post, mostro Adoniran como personagem de desenho animado da série RockStar Ghost onde o vecchio contracena com Nasi, um caça-fantasmas à paulistana.


terça-feira, 13 de março de 2012

Déjà Vu


Anúncios imobiliários geralmente são bem parecidos. Utiliza-se quase sempre dos mesmos (e eficientes) recursos como por exemplo a família abraçada em uma área verde e olhando o horizonte; crianças brincando nas áreas comuns entre outros casos.

Alguns destes são tão parecidos que não conseguimos diferenciar, nem mesmo gravar qual o projeto ou qual a empresa o publicou. É o caso do anúncio da MRV veiculado no grandes jornais durante a semana passada para divulgar seu crescimento em 2011. Por um momento, me lembrou um anúncio da Rossi, publicado em 2008 na Revista Época, mas eu devo estar vendo coisas.





sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Essa eu fiz comigo mesmo

Fino da Bossa era um programa de TV apresentado por ninguém menos que Elis Regina. Em julho de 1965 A 'Pimentinha' levou para o palco do teatro Record o velho Adoniran já em na curva descendente de sua carreira.

Elis recebeu Adoniran cantando “Saudosa Maloca” dando início a histórica entrevista-musical de 10 minutos. Entre momentos cômicos e emocionados o sambista divertiu a platéia e especialmente a apresentadora que a partir daí, mesmo consagrada como a grande cantora do país, sempre foi muito solicita com  Adoniran, inclusive gravando 'Tiro ao Álvaro' no disco que levantava fundos para o sambista.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

A Breve História de São Paulo

Se na comemoração dos 458 anos de São Paulo, nem Folha e nem Estado fizeram nada de muito legal, em 2004 quando da comemoração dos 450 anos foi bem diferente. 
Entre as edições especiais que guardei da data, a Revista da Folha publicou uma longa matéria sobre o cotidiano paulistano, ilustrada em formato de linha do tempo pelo cartunista Terciano. Seguem as tirar, sempre sob o tema A Breve História de São Paulo no ...

...Transporte


...Trabalho


...Cultura


...Comida


...Moda


...Saúde


Sampa, por Língua de Trapo

Sampa, canção composta por Caetano Veloso é a cara de São Paulo correto? Para quem mora em São Paulo a resposta é Não! A música é maravilhosa, cheia de versos que merecem um post mais aprofundado aqui, mas me desculpem, a cidade só é conhecida por Sampa por quem mora fora dela.

Em 1994 o  grupo Língua de Trapo, em uma fase não tão irreverente como de costume, gravou uma versão que tem bem mais a cara da cidade e que prestigia outra famosa esquina.

Um presente de grego para São Paulo

No aniversário de São Paulo em 1971 o então prefeito Paulo Maluf dava de 'presente' para a cidade o elevado Presidente Costa e Silva, a via elevada de mais de 4 quilômetros que singra o Centro em direção a zona oeste. A obra feia que corta os bairros de Santa Cecília, Higienópolis e Vila Buarque e que é considerada  um marco no processo de desocupação do Centro porque produziu uma desvalorização por onde 'fez sombra' foi recebida pela cidade com festa nas comemorações pelos 417 anos e 

primeira página da Folha de SP em 24-01-1971
Quando assumiu a prefeitura pela primeira vez em 1969, nomeado pelo então presidente Costa e Silva, o engenheiro Paulo Maluf imprimiu um ritmo de inauguração de obras nunca visto antes na cidade. Sempre grandes e de muita visibilidade e seguindo a vocação do transporte automotivo em detrimento ao transporte coletivo. No ano que Maluf assumiu, carro era um desejo de 80% dos paulistanos segundo um estudo da Folha.

Chamada para anúncio da Folha que mostra o desejo
do paulistano por carros.
Anúncio da Loja Clipper na Folha.
A cidade empolgada com a grande obra.

Pouco mais de um ano depois, com pompa e honraria, Maluf convocava a população a conhecer 'a obra que é a maior do gênero em toda América do Sul, eternizará em sua denominação uma das grandes figuras da revolução de 1964'. Agora o paulistano poderia comprar carros já que possuía uma grande via e Paulo Maluf de uma só vez ganhava em visibilidade ao entregar o elevado e homenageava seu padrinho político.

Folha de SP 24 janeiro de 1971

Na edição do dia seguinte a Folha mostra a festa de inauguração, a marcha pela via elevada mas não fala sobre a opinião dos moradores dos prédios vizinhos a obra. Passando a apenas 5 metros das janelas dos prédios o Minhocão (como é mais conhecido) foi uma obra engaveta pelo Prefeito Faria Lima pela sua brutalidade. Uma vez prefeito, Maluf não exitou em tocar a obra que chamou de mal necessário. Até 1976 o trafego de carros foi permitido ali sem nenhuma restrição nem respeito aos moradores da região. Só em 1989 na gestão Erundina foi determinado que o local ficasse fechado das 21:00 as 6:30 e depois que pudesse ser utilizado para lazer nos finais de semana. 

Folha 25 de janeiro de 1971
Foi Luiza Erundina aliás a primeira a defender a demolição do Minhocão em 1992. A alegação de Erundina era de que o Minhocão era o principal responsável pela degradação do trecho central do eixo Leste-Oeste da capital, atraindo moradores de rua e usuários de drogas. Mas ela não conseguiu levar o plano adiante justamente porque sua gestão acabou e seu sucessor - o mesmo Maluf - preservou a obra.

O Elevado visto das sacadas dos muitos apartamentos que
ele circunda.

Por causa principalmente da depreciação visual causada pelo elevado, o ex-prefeito José Serra, que classificou o Minhocão de "aberração", trouxe o tema de volta às discussões municipais em 2006. Criou um concurso arquitetônico para destinar fins a cicatriz urbana. A ideia de Serra já era desviar todo o trânsito para uma futura avenida, a ser construída em áreas ociosas ao lado dos trilhos da CPTM. Ele chegou a anunciar um custo de R$ 80 milhões para a demolição com entrega em 2025.
Um artigo com a história do concurso arquitetônico está na revista eletrônica Au  e há poucos dias, sem muito barulho a prefeitura Kassab, por recomendação do Tribunal de Contas do Município engavetou o projeto que pretendia o enterramento dos trilhos do trem entre a Barra Funda e a Estação do Brás e a construção de uma avenida de 12 quilômetros nesse local. Isso, por sua vez, permitiria a demolição do Elevado Costa e Silva (Minhocão) sem causar prejuízos ao trânsito do centro. 
O elevado já serviu por várias vezes de espaço para eventos culturais
Dos muitos nomes e títulos que São Paulo tem é o de ser a cidade da metamorfose, das transformações. Não foram poucas as vezes em que o elevado, mesmo com sua frieza e feiura foi palco de eventos culturais.  Por vezes seus pilares serviram de obra de arte.  Por conta disso é que acredito que no futuro, uma cicatriz tão grande como o minhocão seja retirada do cenário da metrópole, quer seja pela sua imagem 'aberrativa' quer seja pelo passado a que sua presença remete.

domingo, 22 de janeiro de 2012

SP 458 - O Verdadeiro Centenário de Adoniran Barbosa







O centenário de Adoniran Barbosa foi comemorado em 2010 com ótimos especiais em várias mídias. No programa Ensaio, gravado e exibido em 1972 Adoniran conta que nasceu em 1912 mas que para poder trabalhar e ajudar a família fora registrado em 1910! 
Histórias como esta  e um  Adoniran  muito à vontade como se estivesse numa cantina do Bixiga, contando suas histórias como quem saboreia uma brachola, destrinchando cada canção a seu estilo, a voz rouca curtida em longas baforadas de cigarro. Há raridades da lavra de Rubinato e muito mais! 45 minutos históricos.



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