terça-feira, 21 de junho de 2011

Será que vai vender (4) - Mendes Caldeira

Anúncio do Lançamento do Mendes Caldeira - O Estado de São Paulo
Adoniran era um sujeito totalmente avesso a mudanças.  A Praça da Sé, marco zero da cidade passou por grandes mudanças que o próprio sambista presenciou. Quando da chegada do Metrô Adoniran fez uma letra saudosa:

Praça da Sé
Praça da Sé
Hoje você é
Madame estação Sé

É o progresso
É o progresso
Mudou tudo
Mudou até o clima
Você está bonita por baixo
Só indolá pra ver
Mas não vá sozinho, meu senhor
Que o senhor vai se perder



Adoniran viu ali além dos bondes que partiam dali para as outras localizações da cidade “O maior negócio do Brasil, no centro do centro de São Paulo”. Assim foi anunciado, no dia 19 de junho de 1960, o lançamento do edifício Mendes Caldeira, na Praça da Sé. “Ponto de encontro de mais de cem bairros, no ponto chave das zonas bancária e judiciária de São Paulo”, destacava o anúncio.
Quinze anos depois, o ‘maior negócio do Brasil’ estava outra vez nos jornais, no dia da maior implosão da América Latina. O prédio teve de ser demolido para dar lugar às obras da Estação Sé do Metrô de São Paulo, que estavam atrasadas. Ele ficava onde hoje é o acesso norte da Estação Sé.

O edifício virou 20 toneladas de entulho com o novo método que pela primeira vez no País substituiu a demolição por picaretas.

 

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