Anúncio do Estado de São Paulo de 17/03/2011 |
A resolução SC 36/80, de 27 de setembro de 1980 o Condephaat declara "tombado o conjunto residencial operário denominado Vila Economizadora, nesta capital, exemplar representativo de nosso primeiro ciclo industrial e documento arquitetônico ligado à imigração italiana em São Paulo".
Sede da Economizadora Paulista em 1911 e o mesmo prédio em dias atuais Situado a rua São Bento, 87 em numeração atual fonte: fotolog Saudade Sampa de Eli Mendes Cunha |
Diferente da Vila Maria Zélia, onde os moradores eram todos de uma única empresa, a Economizadora - construída entre 1908 e 1915 - não era uma vila operária propriamente dita. Fora construída por um empreendimento da Sociedade Mútua Economizadora Paulista, tinha as casas alugadas para trabalhadores de diferentes indústrias principalmente a imigrantes italianos.
Busto do Comendador João Ugliengo em uma esquina da Vila. As cinco ruas da Vila são dos sócios da Economizadora. |
Essa grande quantidade de italianos que trabalhavam no Moinho Santista fizeram que em 1935 seu presidente, o comendador João Ugliengo comprar todas os 200 casas e manter os inquilinos. Um busto dele ainda é encontrado fincado em uma esquina da Vila.
A Vila Economizadora em dias atuais. |
A exemplo da Maria Zélia e da Matarazzo (não tombada) no Belém as casas da Vila Economizadora pertencem hoje em grande maioria aos moradores. Apesar do Tombamento, aparecem aqui e ali várias pequenas reformas com modificação nas fachadas. Sem incentivo, os moradores ficam reféns de construções muito antigas que necessitam de manutenção.
Ao escrever sobre Tombamento e Preservação do Patrimônio minha intenção é mostrar que não basta decretar que algo é representativo, símbolo de uma época. Isso é só a primeira etapa de um processo que obrigatoriamente precisa passar por Restauro e Conservação. Do contrário é melhor que nem seja feito.
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