Anúncio de Jornal do Edifício Brasil, publicado em O Estado de São Paulo |
Seguindo dica que encontrei no Estadão e de passagem pelo Centro, fui conhecer a exposição Waldomiro Zarzur, 63 anos construindo São Paulo e para minha surpresa, além da exposição encontrei uma discreta, mas muito bem feita ação de marketing para divulgar um empreendimento. A experiência eu compartilho aqui com vocês.
Waldomiro Zarzur, 90 anos de idade, 63 como engenheiro. |
Formado em engenharia pelo Mackenzie, o paulistano descendente de libaneses Waldomiro Zarzur, hoje com 90 anos é responsável por muitas construções na cidade de São Paulo. Entre os edifícios que levam sua assinatura estão o demolido São Vito (que deteriorado ficou conhecido como Treme-Treme) e o mais alto do Brasil, que já foi chamado de Mirante do Vale e que recentemente foi rebatizado de Palácio W. Zarzur.
Visto do Banespão, o Palácio W. Zarzur não parece o mais alto Foto Denis W. Levati |
Para comemorar a data foi organizada a exposição que mostra através de 31 fotos tiradas a partir da década de 1940 retratam as principais obras assinadas por Zarzur. A curadora da exposção Maria Ruth Amaral de Sampaio, professora da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP disse: "Nesses 63 anos verticalizando a cidade, ele fez 300 edifícios nós escolhemos os principais. A exposição é uma mostra muito pequena da produção dele”.
Foto do Palácio W. Zarzur em construção faz parte da exposição. |
Construção do Hospital Albert Einstein inaugurado em 1971 também está entre os 31 painéis. |
Sempre interessado no mercado imobiliário mas principalmente na história do processo de verticalização da cidade, rumei em direção ao endereço esperando ver a exposição no hall de algum antigo edifício ou nas muitas galerias antigas que o Centro possui. Mas nada disso, o local encontrado foi um stand de vendas de um novo projeto de Waldomiro Zarzur, o edifício Brasil.
Edifício Brasil
É bem interessante e surpreendente encontrar em meio a painéis P&B que compõe um cenário histórico o contraste tão moderno como o do Edifício Brasil. O projeto é do próprio Zarzur e de sua construtora e a decoração supervisionada pelo badalado escritório de Marcelo Rosembaum, o conjunto completo é realmente muito bonito.
Fachada do Edifício, projeto de Marcelo Rosembaun e Guto Requena |
Além dos itens de lazer e infraestrutura como academia e serviços pay-per-use que já são comuns nos lançamentos de baixa metragem na região, o Brasil aposta naquilo que os idealizadores tem chamado de design residencial. A fachada colorida foi criada a partir de um degrade entre verdes e azuis e terá um importante impacto no entorno além de orientar visualmente os moradores a reconhecerem que andar habitam, criando uma relação de identidade a partir da cor, que será repetida no corredor comum de seu andar.
Detalhe da Fachada com o nome na esquina e as calçadas personalizadas com ladrilho SP |
Toda concepção e proposta do Edifício Brasil levam em consideração a história da cidade. Parte da cobertura será um mirante com vista privilegiada para o centro histórico, retomando a cultura dos terraços coletivos característico da São Paulo dos anos 60 e 70, comuns nos projetos de Zarzur. Os envolvidos provam que para uma cidade nova e moderna surgir não é preciso esconder a anterior, as duas podem coexistir pacificamente.
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